24 de fevereiro de 2010

Em seu benefício




Não se agaste com o ignorante;

certamente, não dispõe ele das oportunidades que iluminaram seu caminho.


Evite aborrecimentos com as pessoas fanatizadas; permanecem no cárcere do exclusivismo e merecem compaixão como qualquer prisioneiro.

Não se perturbe com o malcriado; o irmão intratável tem, na maioria das vezes, o fígado estragado e os nervos doentes.

Ampare o companheiro inseguro; talvez não possua o necessário, quando você detém excessos.

Não se zangue com o ingrato; provavelmente, é desorientado ou inexperiente.

Ajude ao que erra; seus pés pisam o mesmo chão, e, se você tem possibilidades de corrigir, não tem o direito de censurar.

Desculpe o desertor; ele é fraco e mais tarde voltará à lição.

Auxilie o doente; agradeça ao Divino Poder o equilíbrio que você está conservando.

Esqueça o acusador; ele não conhece o seu caso desde o princípio.

Perdoe ao mau; a vida se encarregará dele.



Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier.
Livro: Agenda Cristã

16 de fevereiro de 2010

Se você puder




Se você puder, hoje ainda:

Dê mais um toque de felicidade e beleza em seu recanto doméstico;
Faça a visita, mesmo ligeira, ao doente que você deseja reconfortar;
Escreva, inda que seja simples bilhete transmitindo esperança e tranqüilidade, em favor de alguém;
Melhore os seus conhecimentos, no setor de trabalho a que esteja empregando o seu tempo;
Estenda algo mais de otimismo e de alegria aos que se encontrem nas suas faixas de convivência;
Procure esquecer - mas esquecer mesmo - tudo o que se lhe faça motivo de tristeza ou aborrecimento;
Leia alguma página edificante e escute música que pacifique o coração;
Dedique alguns minutos à meditação e à prece;
Pratique, pelos menos, uma boa ação sem contar isso a ninguém.

Estas indicações de apoio espiritual se forem observadas, farão grande bem aos outros, mas especialmente a você mesmo.

Francisco Cândido Xavier
Espírito: André Luiz

9 de fevereiro de 2010




CONCEITO DE MÉDIUM E MEDIUNIDADE

Kardec [LM-cap 32] conceitua:
Médium - pessoa que pode servir de intermediária entre os Espíritos e os homens.
Mediunidade - a faculdade dos médiuns, ou seja, a faculdade que possibilita a uma pessoa servir de intermediária entre os Espíritos desencarnados e os homens.
Assevera ainda Kardec [LM-it 159] que: "todo aquele que sente em qualquer grau a influência dos Espíritos é médium."

Através do pensamento, as entidades da esfera extra-física, podem atuar sobre todos nós, de forma imperceptível. Mostram os benfeitores espirituais da Codificação que esta influência
"é maior do que supomos" [LE-qst 459]

"Pode-se dizer, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou nos sensitiva."
[LM-it 159]

CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS MÉDIUNS
Os médiuns tem geralmente aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as es¬pécies de mediunidade, embora nada impeça que um médium venha a pos¬suir mais do que uma aptidão.

a) Médiuns de Efeitos Físicos: são aqueles aptos à produção de fenômenos que sensibilizam objetivamente os nossos sentidos, tais como: movimento de corpos inertes, ruídos, etc. Trata-se de uma categoria de médiuns bastante infreqüente em nossos dias, mas que teve fundamental importância na fase de implantação da Doutrina Espírita. Sub-categorias:
1. Tiptólogos: os que produzem ruídos e pancadas. Mesmo sem que o médium tome conhecimento, os Espíritos podem se utilizar de certos recursos fluídicos que eles possuem para produzir o fenômeno;
2. Motores: os que produzem movimentos dos corpos inertes;
3. De Translação e Suspensão: os que produzem a translação de objetos através do espaço ou a sua suspensão, sem qualquer ponto de apoio. Há também os que podem elevar-se a si mesmos (levitação);
4. De Transporte: os que podem servir aos Espíritos para o transporte de objetos materiais através de lugares fechados;
5. Pneumatógrafos: os médiuns que permitem a escrita direta (espécie de mediuninade onde os Espíritos, utilizando-se do ectoplasma do médium, escrevem sobre determinados objetos sem se utilizarem de lápis ou caneta);
6. Pneumatofônicos: os médiuns que permitem a voz direta (fenômeno mediúnico onde os Espíritos emitem sons e palavras através de uma "garganta ectoplásmica", sem a utilização do aparelho vocal do medianeiro);
7. De Materialização: são aqueles que doam recursos fluídicos (ectoplasma) para a materialização do Espírito ou de parte do Espírito, ou, ainda, de certos objetos;
8. De Bicorporeidade: são aqueles capazes de materializarem seu corpo perispirítico em local fora do corpo físico;
9. De Transfiguração: são aqueles aptos a promoverem modificações temporárias em seu corpo físico, através da vontade e do pensamento.

b) Médiuns Sensitivos: são os médiuns capazes de registrar a presença de Espíritos por uma vaga impressão. Ora esta impressão é boa ora é ruim, dependendo da natureza da entidade desencarnada. Esta variedade não apresenta caráter bem definido, pois todos médiuns são mais ou menos sensitivos;

c) Médiuns Intuitivos ou Inspirados: são aqueles que recebem comunicações mentais entranhas às suas idéias, vindas da esfera imaterial. Na realidade, todos nós somos médiuns intuitivos, pois podemos assimilar inconscientemente o pensamento dos Espíritos, mas em algumas pessoas, essa capacidade é mais evidente. Os médiuns de pressentimento são uma variedade dos intuitivos, onde há uma vaga impressão de acontecimentos futuros;

d) Médiuns Audientes: são os médiuns que ouvem os Espíritos. Em algumas vezes é como se escutassem uma voz interna que lhes ressoasse no foro íntimo, doutras vezes, é uma voz exterior, clara, distinta;

e) Médiuns Videntes: são aqueles aptos a verem os Espíritos em estado de vigília. Kardec fazia referência à raridade desta faculdade e em nossos dias continua pouco comum;
f) Médiuns Falantes ou Psicofônicos: são aqueles que possibilitam aos Espíritos a comunicação oral com outras pessoas encarnadas, utilizando dos recursos vocais do médium. É a variedade de médiuns mais comum em nossos dias;

g) Médiuns Escreventes ou Psicógrafos: são os médiuns aptos a receberem a comunicação dos Espíritos através da escrita. Foi pelos médiuns escreventes que Allan Kardec montou os pilares básicos da Codificação Espírita;

h) Médiuns Curadores: são aqueles aptos a curarem, através do toque, por um ato de vontade e pelo passe. Em realidade, todos somos capazes de curar enfermidades pela prece e pela transfusão fluídica, mas, também aqui, esta designação deve ficar reservada para aquelas pessoas onde a capacidade de curar ou aliviar as doenças é bem evidente;

i) Médiuns Psicômetras: são aqueles aptos a identificarem os fluidos presentes em determinados objetos e locais (Psicometria);

j) Médiuns Sonambúlicos ou de Desdobramento: são aqueles capazes de emanciparem seu corpo espiritual deixando a organização física num estado de sonolência ou apatia. Segundo Kardec, estes médiuns "vivem por antecipação a vida espiritual", pois são capazes de realizar inúmeras tarefas no mundo dos Espíritos.

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

Se nós falamos somente em desenvolvimento mediúnico e não em “criar” mediunidade ou médiuns, é, certamente porque esta faculdade não se cria numa determinada pessoa que não a possua. A mediunidade é uma faculdade tão natural no homem quanto qualquer outro dos cinco sentidos habituais.
O médium já nasce médium. Cabe-nos portanto, se possuidores da faculdade mediúnica, nos esforçarmos por exercê-la com devotamento e humildade.

Por que desenvolver a mediunidade
Nós sabemos que na Terra estamos rodeados por Espíritos desencarnados que a todo instante, através do pensamento, nos influenciam e são influenciados por nós. Sendo os médiuns indivíduos mais sensíveis, captam com maior facilidade a influência dos Espíritos, podendo sofrer, às vezes, conseqüências desagradáveis em decorrência de possuir em uma faculdade que não conhecem e não dominam.

Em [Nos Domínios da Mediunidade] ouvimos as seguintes afirmativas do Espírito Albério (instrutor de André Luiz):
"Mediunidade, por si só não basta. É necessário sabermos que tipo de onda mental assimilamos, para conhecer a qualidade do nosso trabalho e julgar nossa direção. É perigoso possuir sem saber usar."

8 de fevereiro de 2010

Nosso Lar - efeitos especiais do filme estão quase prontos




Previsão é que efeitos de Nosso Lar, baseado em Chico Xavier e dirigido por Wagner de Assis, estejam concluídos até março; estréia será em setembro.

Cinéfilo que se preze deve se lembrar da obra-prima do autor japonês Hirokazu Kore-Eda, Depois da Vida. Após a morte, as pessoas são levadas a uma estação intermediária, na qual escolhem o momento de suas vidas que será recuperado para que elas o levem para a eternidade. Kore-Eda talvez não tenha lido Chico Xavier, e muito menos o primeiro dos 16 livros que lhe foram ditados pelo espírito de André Luiz, mas a essência é parecida. Nosso Lar mostra a primeira etapa da vida após a morte. Neste ano do centenário de nascimento de Chico, não é só a vida dele que ganha filme dirigido por Daniel Filho, com estreia prevista para a Semana Santa, quando se estará comemorando a data. Nosso Lar também vai chegar ao cinema, mas só em setembro.

No mês que vem, Lon Molnar conclui os efeitos de Nosso Lar e a previsão da produtora Iafa Britz, que assina o filme pela Cinética, empresa do diretor Wagner de Assis, é ter a primeira cópia pronta em maio, para trabalhar o lançamento, que deve ser um dos mais importantes do ano. Iafa inicia nova etapa profissional abandonando a Total Entertainment, que lança na sexta, no País, High School Musical - O Desafio. Não houve briga entre as partes que compunham a Total. "É o momento de eu seguir carreira-solo", diz Iafa, mas Nosso Lar ainda não tem a marca de sua produtora.

São pelo menos cinco anos de trabalho. Iafa ouviu do diretor que queria fazer este filme pela primeira vez em 2004 ou 2005. Não foi fácil adquirir os direitos do livro, mas as coisas começaram a se tornar viáveis quando a Fox embarcou no projeto. Para os padrões do cinema brasileiro, é um filme caro e os efeitos contabilizam cerca de 30% do custo - os mais caros da cinematografia nacional. Iafa explica que valeu a pena esperar. "Há cinco anos não tínhamos dinheiro nem a tecnologia necessária para fazer o filme com acabamento."

Ela conta que o precedente de Bezerra de Menezes, mesmo que ambos os filmes sejam diferentes, foi importante porque mostrou que há um público interessado nesse tipo de produção. Mesmo assim, evita o entusiasmo antecipado. Se o filme fizer milhões de espectadores, ótimo, mas será consequência da qualidade ou do apelo popular, até mesmo daquilo que Daniel Filho tiver conseguido emplacar com sua cinebiografia de Chico Xavier. "Essa história é muito rica e bonita. O filme fala de espiritualidade, de esperança. Não é um projeto comum e, por isso, conseguiu tantas parcerias. Lon (Molnar) se associou à gente, o compositor Philip Glass, também. Estamos muito gratos pela participação deles, mas estamos pagando aquilo que um filme caro brasileiro pode pagar."

Lon Molnar já havia conversado com o repórter pelo telefone, em dezembro, da sede de sua empresa no Canadá. Você pode saber mais sobre a Intelligent Creatures no site, http://www.intelligentcreatures.com/#People. Molnar admitiu que estaria cobrando, e gastando, muito mais se a produção fosse hollywoodiana, mas disse que o filme, em termos de invenção e acabamento, não ficará devendo nada aos demais que integram seu currículo, e um caso recente é o de Watchmen, de Zack Snyder. Ele adorou trabalhar com o universo de super-heróis de Snyder e acrescentou que o diretor não é apenas aberto a sugestões, mas também sabe o que quer e consegue motivar a equipe a fazer o que deseja. O caso de Nosso Lar é diferente. Ele chega a citar outro trabalho recente, Babel, de Alejandro González Iñárritu. "A base aqui também é real e a diferença é que estamos tratando de uma experiência espiritual visceral. Como traduzir isso em imagem?" Ele conta que um dos principais técnicos da companhia foi enviado ao Brasil para preparar, e acompanhar, a filmagem. "A escolha das locações foi muito importante. Muitas vezes a colocação da câmera ou o uso de azul como fundo já previa o efeito a ser aplicado posteriormente. Não se filma de qualquer jeito e depois aplica o efeito. Não é assim que funciona."

A produtora cita exemplos. "Quem leu o livro sabe a importância que assume a muralha no isolamento do mundo espiritual. A ideia inicial era construir uma muralha de três metros e depois trabalhá-la na pós-produção. Terminamos construindo uma muralha de 70 metros em Sagatiba e, mesmo assim, ela foi ampliada para cerca de 8.700 metros, criando um efeito impressionante." Quem conhece a Praça Paris, no centro do Rio, perto da Cinelândia, vai ter dificuldade para identificá-la como a base da entrada do "Nosso Lar", constituído pela governança e pelos ministérios. "Em toda parte, o conceito consistiu sempre em combinar áreas construídas com efeitos. Não posso ceder nenhuma foto da Praça Paris modificada porque os efeitos não estão concluídos e está com cara de 2-D. Mas depois me cobrem se esse material não estiver muito impressionante."

No telefone, Molnar admitiu que nunca havia visto, nem ouvido falar, de Depois da Vida, mas ficou curioso pelo trabalho do cineasta japonês e adorou os detalhes o fato de, no limite, o pedaço de vida que as pessoas escolhem após a morte virar uma metáfora do próprio cinema. Nosso Lar trata justamente do choque das pessoas na passagem para outras esferas. "Temos um elenco muito forte e eu seria irresponsável se começasse a destacar algumas participações, mas não resisto a enumerar duas. Renato Prieto faz o protagonista e é através dele que entramos nesse universo. Rosana Mulholland vai deixar todo mundo chapado. Ela é a personagem que se revolta com a morte e quer voltar. Acredito que seja a personagem mais passível de identificação e ela, além de belíssima, põe intensidade de arrepiar nas cenas."

Iafa Britz ainda está muito envolvida no processo de Nosso Lar, mas gostaria muito de acreditar que, se o filme estourar, como espera, as pessoas não reconheçam somente a importância e emoção do tema. "Essa equipe toda está ralando muito para fazer o grande filme que Nosso Lar merece. Chico Xavier foi um iluminado, todo mundo sabe. Daniel (Filho) filma o homem, Wagner (de Assis) resgata a obra. Essa obra merece ser vista pelo que carrega de compaixão, de possibilidade de entendimento. Os efeitos estarão lá, mas não para chamar a atenção. O que importa é a história." Foi o que também disse Molnar. "Quando o efeito se torna mais importante que o contexto, qualquer profissional sério vai achar que falhou. Queremos o melhor, mas não por exibicionismo. O que importa é a história, essa história."


Fonte: Jornal O Estado de São Paulo, 03 de fevereiro de 2010, Caderno 2. Matéria de Luis Carlos Merten

"Venha a nós o teu reino..."





"Venha a nós o teu reino..." - assim rogou Jesus ao Pai Celestial, sabendo que só o Plano de Deus pode conceder-nos a verdadeira felicidade. Mas, o Mestre não se limitou a pedir; ele trabalhou e se esforçou para que o Reino do Céu encontrasse as bases necessárias na Terra.

Espalhou, com as próprias mãos, as bênçãos da paz e da alegria, a fim de que os homens se fizessem melhores.

Uma locomotiva não corre sem trilhos adequados.

Um automóvel não avança sem a estrada que lhe é própria.

Um prato bem feito precisa ser preparado com todos os temperos necessários.

Assim também, o auxílio celeste reclama o nosso esforço. É sempre indispensável purificar o nosso sentimento para recebê-lo e difundi-lo.

Sem a bondade em nós, não poderemos sentir a bondade de Deus ou entender a bondade de nossos semelhantes.

Quando é noite e reclamamos: - "Venha a nós a luz", é necessário ofereçamos a lâmpada ou a candeia, para que a luz resplandeça entre nós.

Se rogamos a Graça Divina, preparemos o sentimento para entendê-la e manifestá-la, a fim de que a felicidade e a harmonia vivam conosco.

Jesus trabalhou pela vinda da Glória do Céu ao mundo, auxiliando a todos e ajudando-nos até à cruz do sacrifício, dando-nos a entender que o Reino de Deus é Amor e só pelo Amor brilhará entre os homens para sempre.



Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.
fonte:
http://espiritismogi.com.br/


Oração de Emmanuel


Senhor, ensina-nos:
a orar sem esquecer o trabalho;
a dar sem olhar a quem;
a servir sem perguntar até quando;
a sofrer sem magoar seja a quem for;
a progredir sem perder a simplicidade;
a semear o bem sem pensar nos resultados;
a desculpar sem condições;
a marchar para frente sem contar os obstáculos;
a ver sem malícia;
a escutar sem corromper os assuntos;
a falar sem ferir;
a compreender o próximo sem exigir entendimento;
a respeitar os semelhantes, sem reclamar consideração;
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever, sem cobrar taxa de reconhecimento.
Senhor, fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas dificuldades.
Ajuda-nos, sobretudo, a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente, aquela de cumprir-te os desígnios onde e como queiras, hoje agora e sempre.
Emmanuel

6 de fevereiro de 2010

Uma Luz



Por vezes, tanto empeço na estrada,
Que indagas, coração, de alma desencantada,
Por que meios humanos prosseguir...
Entretanto, ergue a fronte, ao vasto firmamento,
Da nuvem mais pesada ou do céu mais cinzento
Uma luz há de vir...

Deus a ninguém esquece... Ante a sombra noturna,
Sem bússola na selva imóvel e soturna,
O viajor se detém, sem coragem de agir;
Pára, pensando em Deus... A névoa se condensa...
Mas a oração lhe diz, além da sombra imensa:
Uma luz há de vir...

Abate-se na mina a sinistra barragem,
Pedras, detritos e lama impedem a passagem,
Vozes clamam, no fundo, a gemer e a pedir;
Eis que a prece se eleva e, ao socorro da Altura,
Gritam vozes de irmãos, promovendo a abertura:
Uma luz há de vir...

É noite. Sobre o mar, há bulcões em batalha,
Relâmpagos relembram fogo de metralha
No trovão a rugir;
O barco, aos vagalhões, treme, estremece, estala
Pequena multidão, ora, espera e se cala...
Uma luz há de vir...

Desse modo, igualmente, alma fraterna,
Quando a prova por sombra te governa,
Qual noite que te oculta as visões do porvir,
Quando tudo pareça escuridão que avança,
Trabalha, serve, crê e ouve a voz da esperança:
Uma luz há de vir...

pelo Espírito Maria Dolores
Do livro: Maria Dolores
Médium: Francisco Cândido Xavier
fonte: http://www.caminhosluz.com.br/