3 de abril de 2012

Onde estão os Anjos?

imagem retirada da internet

Aquela era mais uma tarde de trabalho abençoado na escola de evangelização infantil de uma Casa Espírita.
Todas as semanas, um grupo de mães e seus filhos, de idades variadas, adentravam as portas da instituição de amor e caridade.
Naqueles encontros semanais, as famílias buscavam o alimento para a alma, que lhes era ofertado através dos ensinamentos cristãos e das palavras de conforto que partiam do coração de cada trabalhador devotado.
Também lhes era ofertado o alimento para o corpo pois, depois dos estudos e de outras atividades, as mães e seus filhos desfrutavam de um lanche, preparado com muito carinho e dedicação.
Uma vez por mês, em um desses encontros, lhes era oferecido um lanche especial.
As crianças esperavam ansiosamente por esse dia, pois sabiam que receberiam um agrado diferente. A maioria vivia em condições de muita dificuldade financeira, tendo na sua rotina apenas o alimento básico para o sustento.
Foi num desses lanches que aconteceu algo inesperado. As crianças receberam guloseimas. Logo as abriram e degustaram com rapidez.
Porém, uma das crianças, de apenas quatro anos, ao receber as balinhas que foram depositadas na sua pequenina mão, fixou demoradamente o olhar nelas e, em seguida, guardou-as em seu bolso.
A pessoa que as entregou, estranhando a atitude, resolveu perguntar por que ele não iria saborear as guloseimas naquele momento.
O menininho disse que gostava muito dos docinhos mas que iria guardá-los para o irmão que havia ficado em casa. A mãe não tinha como transportá-lo por não ter uma cadeira de rodas.
Esse ato de amor de um coração infantil nos traz uma grande lição.
Evidencia o desprendimento de uma criança que, com espontaneidade, abriu mão de algo que apreciava, para ofertar ao irmão que ali não podia estar.
Ao renunciar à própria vontade em nome de fazer o outro feliz, essa doce criança mostrou-nos possuir um nobre sentimento: a abnegação.
Na sua pequenez, mostrou que o amor está em nós, que não precisa ser ensinado, que basta algo ou alguém para despertá-lo.
Mesmo sem ter disso consciência, essa criança agiu como um anjo, zelando e cuidando de um ente querido e amado, seu próprio irmão.
Que possamos ter olhos sensíveis para ver o quanto podemos aprender com a simplicidade das atitudes infantis.
Que possamos estar atentos às palavras e ações vindas desses corações inocentes.
A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda ideia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade..

3 comentários:

Guria Faceira disse...

ola anjinhaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!
nossa as crianças sempre acabam nos surpreendendo de muitas maneiras e ao demonstrar amor assim não tem como não ficar emocionada algo tão simples tarefa prazeirosa que todos nos deveriamos praticar a cada instante.
Adorei o post minha rica
bjo grande

Anônimo disse...

Lindo texto Lu, parabéns!
Na verdade a pureza está nos corações infantis, quem coloca lá os sentimentos maus são os adultos através de maus exemplos que lhes passam durante uma fase de suas vidas, e alguns desses sentimentos ruins se enraizam de tal maneiro que na idade adulta fica praticamente impossivel arranca-los de onde foram plantados!
Toda criança é um anjo e contuará sendo se semearmos a semente do bem em seus pequenos corações!
Beijo querida!!!

Pithan Pilchas disse...

Olá Luciana,

verdade, né...não há nada mais puro que as ações e sentimentos de uma criança. É uma pena, que com o passar do tempo, todos esqueçamos que um dia fomos crianças e que também tínhamos essa leveza de espírito.

abraço

Paulo

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