13 de junho de 2011

SOMOS COERENTES?

imagem retirada da internet

Qual o conceito que você tem de coerência? Afinal, o que é coerência? Para os melhores dicionários, a palavra remete à ligação, ao nexo, à harmonia entre fatos ou ideias.

Assim, será coerente aquele que agir, pensar, falar, de uma maneira em que haja nexo, harmonia entre suas ações.

Será isso que fazemos no nosso dia-a-dia? Conseguimos agir com coerência em todos os nossos dias, em todas as nossas ações?

Vejamos que, muitas vezes, discursamos para todos a respeito da sujeira das ruas, das calçadas sem limpeza em nossa cidade, dos detritos que se avolumam.

Porém, não nos damos conta que jogamos o papel de bala, o recibo do estacionamento, o bilhete do ônibus pela janela do veículo, assim que ele não nos sirva mais. Contribuímos com a sujeira que tanto criticamos.

Preocupamo-nos em ensinar a honestidade para nosso filho, discursando longamente a respeito. E, caso toque o telefone e não queiramos falar com a pessoa que nos demanda atenção, pedimos para que nosso filho vá ao telefone e diga que não estamos.

Usamos da mentira que tanto detestamos.

Reclamamos, e com razão, do administrador público, ou do político, quando esse se apropria do que não lhe pertence, prejudicando a nação e seus cidadãos. Taxamos de roubo, exigimos os rigores da lei, tudo plenamente justificado.

Mas, às vezes, somos nós mesmos a não devolver o troco a mais no supermercado e ficamos com o que não nos pertence. Ou ainda, quando a autoridade policial nos pune frente a uma infração, tentamos suborná-la, corrompê-la.

Para quem discursa sobre roubo, suborno, somos nós então a roubar ou subornar. Pura incoerência.

E por que temos dificuldade para sermos coerentes? Por que tantas vezes agimos de maneira diferente daquela que pensamos ou defendemos com nossas palavras?

Isso acontece porque, se já temos o conceito formulado na mente, ainda nos falta o valor instalado na consciência.

Essas incoerências são geradas no descompasso entre o que a mente pensa, os nossos conceitos, e o que o coração sente, os nossos valores.

Se já pensamos certo, se nossos conceitos estão adequados, se fez um grande passo. Porém, faz-se necessário ainda, conquistar os valores, fazer que a consciência aja dessa forma.

Assim é necessário que meditemos sobre nossos atos. Que pensemos longa e profundamente sobre como estamos agindo em nossas vidas, o que estamos a fazer das oportunidades que desfrutamos todos os dias.

E, em última instância, somos muito mais aquilo que agimos e sentimos do que aquilo que apenas discursamos.

Isso é de tal forma real e verdadeiro que, certa feita, um filósofo americano afirmou: O que você faz fala tão alto que não consigo escutar o que você está dizendo.

Assim se passa conosco. O que fazemos será nosso maior discurso sobre nós mesmos, a maior representação do que efetivamente trazemos na alma, muito acima e além do que qualquer preleção ou apresentação verbal.

Desta forma, depois de escolhermos os valores que irão pautar nossa vida, comecemos o esforço inadiável de fazer com que esses conceitos, com disciplina e persistência, transformem-se em valores reais, e a coerência seja a tônica do nosso agir.

1 comentários:

Jackie Freitas disse...

Oi minha amiga querida!
Ótimo texto para refletirmos a coerência de nossas atitudes com as nossas palavras. Uma vez escrevi sobre algo do tipo e lancei a pergunta: Somos o que falamos? Porque é sempre muito cômodo lançar princípios éticos e morais, mas o desafio está em conduzir nossos atos dentro disso! Acho que é um exercício diário, onde devemos vencer as pequenas tentações, pois são elas, sem dúvida alguma, que nos desviam dessa coerência. Às vezes, percorrer o caminho mais fácil ou pegar o tal atalho, dá a falsa sensação de que estamos adiantados, porém, o que vemos no final é que retrocedemos a uma distância considerável entre o que somos e o que falamos!
Adorei, minha linda! Muito pertinente esse tema!
Grande beijo,
Jackie

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