29 de novembro de 2008

Higiene do Coração






"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus."
(Mateus, V, 8.)



Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.



E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente. com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.



É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.



"A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos."



Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus. Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?



É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração. Nosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo! Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o 'inicio dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.



A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.



O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração. Fazer culto exterior sem o interior, é o mesmo que; caiar sepulcros que guardam podridões!



Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar. compreender; é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!



É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!



(Parábolas e Ensinos de Jesus – Caírbar Schutel)

11 de novembro de 2008

Perdoar sempre...



Perdoa as Nossas Dívidas, Assim Como Perdoamos aos Nossos Devedores


Quando pronunciamos as palavras “perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, não apenas estamos à espera do benefício para o nosso coração e para a nossa consciência, mas estamos igualmente assumindo o compromisso de desculpar os que nos ofendem.

Todos possuímos a tendência de observar com evasivas os grandes defeitos que existem em nós, reprovando, entretanto, sem exame, pequeninas faltas alheias. Por isso mesmo Jesus, em nos ensinando a orar, recomendou-nos esquecer qualquer mágoa que alguém nos tenha causado.

Se não oferecermos repouso à mente do próximo, como poderemos aguardar o descanso para os nossos, pensamentos?

Será justo conservar todo o pão, em nossa casa, deixando a fome aniquilar a residência do vizinho?

A paz é também alimento da alma, e, se desejamos tranqüilidade para nós, não nos esqueçamos do entendimento e da harmonia que devemos aos demais. Quando pedirmos a tolerância do Pai Celeste em nosso favor, lembremo-nos também de ajudar aos outros com a nossa tolerância. Auxiliemos sempre. Se o Senhor pode suportar-nos e perdoar-nos, concedendo-nos constantemente novas e abençoadas oportunidades de retificação, aprendamos, igualmente, a espalhar a compreensão e o amor, em benefício dos que nos cercam.


Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19a edição. FEB, 1999.